OBJETOS NO PROJETO

Definição dos Bays

Como já mencionado a implementação da funcionalidade é orientada ao uso de templates e símbolos visuais para a definição dos bays da subestação.
Por exemplo, vamos mostrar uma implementação de um bay de um alimentador: Seja o template de nome FD, constituído de sub templates para cada conjunto funcional de dados:

Para este tipo de bay e template será definido um símbolo gráfico que representará o comportamento deste bay na tela de unifilar. A figura a seguir é o Símbolo FD:

Símbolo FD usado para o bay de alimentador


Cada membro do template do bay, é outro template, especializado em um tipo de dados. Por exemplo, o sub template FD_MEA contém a definição dos tags que vão conter os dados de cada uma das medições disponíveis no alimentador:

Exemplo de sub template com dados de medição do bay.
Quando se deseja instanciar ou criar os objetos para realmente modelar os bays da subestação se define na tabela Objects:

Objetos Bays definidos no primeiro nível

Template de Topologia

Na implementação da funcionalidade de Visualização de Energização é necessário definir a Topologia, por isto definimos um sub template a mais, que deve ser incluído no template principal do bay.
Para cada bay do projeto deverá ser inserido este template, com nome diferente para cada tipo de bay, porque ele conterá a codificação que descreverá a topologia de conectividade interna ao bay, que depende de cada tipo de bay.
A figura mostra este template, que deverá ser utilizado com estes nomes de membros como definidos a seguir, pois são os nomes utilizados no algoritmo de cálculo da energização em tempo real.

Template de dados de topologia
Em TAGSCONNECTION, o atributo StartValue contém, para o projeto e bay atual, os nomes (folhas) dos tags que são utilizados para manter o estado dos elementos de conexão existentes internamente no bay. Deve-se preencher este campo com os nomes (folhas) dos tags, separados por ponto e vírgula.
Este exemplo foi criado para um bay de alimentador que somente tem um disjuntor, como na figura seguinte. No sub template que define os tags de estados de equipamentos deste bay tem-se o tag P52A como sendo o único elemento de conexão (contém o estado aberto/fechado do disjuntor), como mostrado a seguir.
Este template também contém os tags que receberão a indicação de energizado ou não para cada ramo do bay: BRANCH[n]. Estes tags terão seus valores calculados pelos algoritmos da classe AllTopology e serão utilizados para alterar a cor dos ramos utilizados nos símbolos gráficos.

O algoritmo de tempo real vai considerar, ao verificar o tag TAGCONNECTION, que para cada elemento de conexão definido haverá dois ramais (branches), um antes e outro após o elemento de conexão.
O algorítimo considera , quando em fluxo normal, que o BRANCH[0]] é o primeiro do bay na ordem do fluxo, segue o BRANCH[1], após o primeiro elemento de conexão, o 2 e assim por diante. Considera-se que o Bay está energizado quando o ultimo BRANCH, na ordem de fluxo estiver energizado.

Por exemplo, no caso de um alimentador da figura seguinte, serão considerados o tag BRANCH[0] como o primeiro ramal e o tag BRANCH[1] como o segundo ramal, após o elemento de conexão, no sentido normal do fluxo elétrico.
O membro BAYSTATE, receberá, calculado pelo algoritmo de classe AllTopology, um 1 ou um 0 conforme o ponto final de fluxo do bay está energizado ou não.

Topologia com percurso secundário

Um segundo exemplo, representando um bay de uma Linha é mostrado a seguir. Neste caso há mais elementos de conexão, e inclusive um percurso secundário dentro do bay. Veja a figura com o símbolo utilizado.
Nesta figura (símbolo) estão mostrados os elementos conectores com seus nomes (folhas) e os ramos de unifilares com os tags cujos conteúdos serão utilizados para receber a indicação de energização e escolha da cor do ramo.
Para o percurso principal são utilizados os tags TAGCONNECTION e os tags BRANCH{n]
Para tratar o percurso secundário são utilizados o StartValue de TAGCONNECTIONALT e os tags BRANCHALT[n] do template de Topologia.

Veja na figura seguinte o template de dados de estado deste bay LINHA, de nome LT_STA

No Template de Topologia está a definição completa das conexões existentes nos ramos principal e secundário do bay. Veja que os nomes exatos dos tags, separados por ponto e vírgula, e na ordem correta de alimentação, são utilizados para a definição dos elementos de conexão.

Observação: Somente utilize ponto e vírgula entre os nomes de tags. Não inclua ponto e vírgula no final, pois isto definiria um ramo adicional!
O BRANCH que define a energização do bay, neste caso é o BRANCH[3], o ultimo na ordem do fluxo.

Forçando separação de ramos
Caso se deseja forçar, para que em tempo real, sejam considerados dois ramos dentro de um símbolo que não possui conectores internos, pode-se definir como um conector a palavra NONE. Esta será considerada como um elemento para a separação, em dois ramos, porém, sempre serão considerados conectados.
Esta facilidade é utilizada no símbolo de Transformador mostrado abaixo. Precisamos dois ramos para que tivessem cores diferentes para cada uma das tensões.
Ao lado veja o template usado para a topologia deste bay, de forma que os círculos são considerados em ramos diferentes.

Uso de fluxo invertido

Em configurações em que pode ser invertido o fluxo elétrico, em um bay ou em um conjunto de bays interligados, um script em tempo real deverá passar para 1 o valor do tag INVFLOW do template do primeiro bay do fluxo elétrico. Denominamos este primeiro bay, supridor em um conjunto, de bay ROOT.

Em tempo real o algoritmo verifica o valor de corrente ou potencia do bay ROOT e considera assim se está energizado ou não. Alternativamente pode-se usar o tag ENERGIZED do TOPG do bay ROOT para informar sua energização, através do uso de scripts, não considerando , neste caso a medição.

Quando se usa fluxo normal e fluxo inverso em um mesmo conjunto de bays, ambos os trajetos e interligações precisam ser definidos no Gerador de Topologia (veja descrição na pagina sobre esta extensão).

Quando o fluxo é normal, dentro de um Bay, o algoritmo analisa a interligação a partir do BRANCH[0] seguindo pelos próximos de indices sequenciais.

Quando o fluxo esta invertido a análise se inicia pelo BRANCH de índice mais alto existente no bay, seguindo por índices decrescentes.

Um, script, que controle a indicação de fluxo, deve também controlar o estado energizado do bay ROOT: deve indicar que está energizado quando pelo estado atual do fluxo, seja o raiz.

Definição dos Símbolos

Para cada bay devem ser definidos os símbolos apropriados. Para cada ramo que possa ser ou não energizado separadamente deve-se ter um a figura de unifilar, que em tempo real terá a cor imposta pelo valor dos tags BRANCH[n].

Se houver um percurso secundário ou alternado, suas cores serão definidas pelos tags BRANCHALT[n].
Se houver trechos de percursos diferentes que estarão energizados em qualquer que seja o percurso de fato ativo, a cor deve ser obtida por um OR lógico entre os tags apropriados. Veja o caso do trecho final do alimentador, mostrado na figura seguinte.
A expressão usada é:

IIf(#FD:(Tag.FDDUP).TOPG.BRANCHALT[1].Value==1 ||#FD:(Tag.FDDUP).TOPG.BRANCH[3].Value==1,1,0)

Isto é: o ramal deve ser mostrado energizado se o percurso principal ou o alternado estiverem energizados.