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Geral

Os pontos podem ser de entrada ou de saída.
Os pontos de entrada, isto é os pontos que são adquiridos pelo protocolo tem basicamente dois parâmetros principais: O tipo de ponto e o seu endereço.
Os pontos de saída, utilizados para telecomandos, possuem além do tipo e do endereço um parâmetro "Control Code" para especificar a operação de saída. No mapa de endereços de um IED os endereços reiniciam para cada tipo de ponto.
Os estados ou valores dos pontos são reportados pelo IED por Objetos de Informação definidos no protocolo. Estes objetos possuem variações como com ou sem "timestamp". Sempre que o IED reportar com "timestamp" este será utilizado no atributo correspondente de um ponto no ActionNET. Quando não vier "timestamp" o driver colocará a hora atual do computador onde o driver está executando como "timestamp".
O módulo de comunicação no modo Mestre, implementa:

  • Leitura de pontos digitais;

  • Leitura de variáveis analógicas;

  • Leitura de contadores;

  • Comandos de Pontos digitais e analógicos;

  • Comando "select before operate";

Anchor_Toc525577392_Toc525577392Tipos de pontosOs

Tipos de pontos

Os tipos de pontos implementados são definidos utilizando os objetos de dados definidos na norma, a seguir apresentados. Para cada tipo de ponto quaisquer que sejam as variações de objetos recebidos do IED , com "flag" ou sem, com timestamp ou sem, os valores adquiridos serão colocados em pontos com o tipo entre os abaixo listados. Na tabela pontos, no campo "address" escolhe-se o tipo do ponto e especifica-se seu endereço.

AI - Analog Input
Medição analógica escalar utilizado para transmissão de grandezas analógicas. Utilizado para receber dados enviados através dos objetos 30 e 32 e todas as suas variações que usam numeros inteiros de 16 ou 32 bits inteiros. (Excluída variação 5 – floating point).
BI - Binary Input
Ponto de entrada binario simples, valor 0 ou 1. Utilizado para receber dados enviados através dos objetos 1 e 2 e todas as suas variações.
DBI - Double Binary Input
Ponto de entrada binario duplo, valor entre 0 e 3. Utilizado para receber dados enviados através dos objetos 3 e 4 e todas as suas variações.
RAO – Read Analog Output
Ponto para leitura de conteudo de saida analógica de 16 ou 32 bits bits. Utilizado para a recepção de objetos dos tipos 40 e 41.
CRO - Control Relay Output
Ponto de saida digital utilizado para o comando de chaves e disjuntores. É utilizado o objeto DNP 12, incluido o Control Code (8 bits) para indicação do tipo de comando e detalhes de execução. Ao ser escolhido aparece campo para a informação deste código. Clicando-se na seta a direita ( ) é mostrada janela com os atributos selecionados para o valor atual. Se o usuário alterar os atributos selecionados e pressionar a seta de retorno ( ), um novo valor associado aos atributos selecionados será gerado.

Figura 8 – Atributo de Comando
Os valores possíveis para o ControlCode são apresentados na tabela abaixo com as respectivas ações associadas:

Control Code

Ação

1

Saída Pulse ON

2

Saída Pulse OFF

3

Saída Latch ON

4

Saída Latch OFF

65

Saída Pulse ON + Close

66

Saída Pulse OFF + Close

67

Saída Latch ON + Close

68

Saída Latch OFF + Close

129

Saída Pulse ON + Trip

130

Saída Pulse OFF + Trip

131

Saída Latch ON + Trip

132

Saída Latch OFF + Trip

+ 16

Enfileirar (Queue) + Trip

+ 32

Limpar (Clear) + Trip


Na Norma DNP30 é informado que somente estas combinações são InterOperaveis:
Anchor_GoBack_GoBackfuncCode – Nos comandos pode se também definir a operação ser executada no comando conforme ao tabela a seguir:

func Code

Ação

3

Seleciona

4

Opera

5

Opera direto (sem seleção)

6

Opera direto (sem ack)

34

Seleciona e Opera

Obs: Se não for escolhido nenhum código será considerado o código 5.
CT – Counter
Contador binário de 16 ou 32bits, recebido do IED através do objetos 20 e todas as suas variações. Este numero possui o ultimo estado de um a contagem, no instante em que é lido.
FRZ - Frozen Counter
Contador binário de 16 ou 32 bits, recebido do iIED através do objeto 21 e suas variações, que contém a informação de um contador na ultima vez que foi "congelado". O valor congelado mostra o valor do contador (de mesmo índice) quando a ultima operação de congelamento do contador foi executada no IED escravo.
AO - Analog Output Status or Block (16bits)
Saída analógica para um conversor DA de 16 bits, utilizando os objetos 40 (valor real a ser aplicado no conversor) ou 41 (valor requerido para ser alcançado na saida analógica) na suas variações 2 (16 bits).
AOL - Analog Output long (32 bits)
Saída analógica para um conversor DA de 32 bits, utilizando os objetos 40 (valor real a ser aplicado no conversor) ou 41 (valor requerido para ser alcançado na saida analógica) na suas variações 1 (32 bits).
AIF - Analog Input Floating (32 bits)
Medição analógica utilizada para transmissão de grandezas analógicas. Utilizado para receber dados enviados através dos objetos 30-5 e 32 variações 5 e 7 e objeto 100 e suas variações. São numeros de ponto flutuante de 32 ou 64 bits, formato IEEE-754.
CRS – Control Relay Signalling
É um tipo definido para o Action.NET para a configuração da correspondência entre o tag de saída e o tag de entrada que faz a sinalização, em decorrência do comando. Quando se escolhe o tipo CRS, na definição da coluna Address, aparece um menu diferente com os campos para definição dos parâmetros necessários.

A figura seguinte mostra a configuração na tabela POINTS. A sinalização vem no tag A2.DJ.DJ que é do tipo DBI. As duas linhas em amarelo mostram a definição das sinalizações dos comandos com mesmo endereço (0009) e código de controle (128 – Abrir e 64 – Fechar).
Estas duas linhas são utilizadas na carga do módulo de protocolo para criar uma lista estática com todas as correspondências existentes no node. As informações das mesmas não criam pontos novos em tempo real.

Nada mais é necessário para a configuração. Com esta lista o módulo chamará os métodos de criação de transação e verificação automaticamente.
A sinalização de comando somente é utilizada para comandos digitais CRO e sinalizações digitais BI e DBI.

IIN - Internal Indications
Nesta implementação pode-se ter acesso aos status dos Internal Indications ou status de resposta de comandos definindo-se tags com tipo IIN, para que estes recebam do módulo de comunicação estas informações.
Estes status de indicações internas dos IEDs, são reportadas através de flags nos objetos transmitidos na comunicação.
Para receber as IIN deve ser definido um tag analog int, com tipo IIN e endereço 65000. Este tag receberá o registro com os bits com os significados apresentados na tabela a seguir.
Para receber os status de comandos recém enviados, deve-se definir um tag com analog int com o tipo IIN e endereço 65001.
IIN: 16 bits enviados em toda a resposta do escravo com dados de controle- End: 65000

BIT

Origem

Descrição

Conteúdo

0

IIN

Broadcast

Retorna 1 quando escravo recebe uma mensagem de broadcast (endereço = FFFF)

1

IIN

Classe 1

Retorna 1 se escravo tem eventos classe 1

2

IIN

Classe 2

Retorna 1 se escravo tem eventos classe 2

3

IIN

Classe 3

Retorna 1 se escravo tem eventos classe 3

4

IIN

Sincronismo de relógio

Retorna 1 se escravo pede sincronização de relógio

5

IIN

Saídas em local

Retorna 1 se algumas ou todas as saídas estão em local

6

IIN

Problema

Retorna 1 se escravo com problema

7

IIN

Reinício

Retorna 1 se escravo reiniciou (restart)

8

IIN

Função não implementada

Retorna 1 se função enviada pelo mestre não está implementada no escravo

9

IIN

Objeto desconhecido

Retorna 1 se escravo não tem determinado objeto ou classe não tem esse objeto

10

IIN

Dado inválido

Retorna 1 se tem parâmetro inválido no qualificador ou intervalo de endereços está inválido

11

IIN

Overflow

Retorna 1 se buffer do escravo teve overflow

12

IIN

Ocupado

Retorna 1 se requisição foi entendida mas já está sendo executada

13

IIN

Dado corrompido

Retorna 1 se dados de parametrização estão corrompidos

14

IIN

Reservado

Sempre 0

15

IIN

Reservado

Sempre 0



Status field in Commands: Um byte enviado como resposta de um comando. Endereço 65001

Valor no byte

Origem

Descrição

Interpretação

0

Status

Comando aceito

após comando correto

1

Status

Comando não aceito

ocorreu time out entre tempo de select e operate.

2

Status

Falta select

feito um operate sem prévio select

3

Status

Erro formato

Comando tem erro de formato

4

Status

Controle não suportado

operação não é suportada

5

Status

Fila cheia

fila de requisição do escravo está cheia ou ponto já está ativo

6

Status

Erro hardware

ocorreu um erro de hardware do dispositivo ao tentar executar o comando

7 a 127


Não utilizado


.
Estes valores de Resposta de Comandos podem ser definidos em dicionários e mostrados nas listas de eventos e/ou alarmes. Assim, por exemplo, abaixo é mostrado um dicionário associado a variável que contém o status resultante de um comando e na sequência a definição desta variável em um template e sua declaração nos pontos da tabela Device.
Figura 9 – Dicionário associado ao Atributo de Comando

Figura 10 – Tag de Variável que recebe o Resultado de um Comando

Figura 11 – Declaração do ponto que recebe o resultado de um comando DNP3
Obs: Para que ocorra um evento sempre nesta tag, o módulo de comunicação, sempre coloca o valor 99 no tag antes de iniciar o envio de um comando. Após, coloca na tag o resultado obtido na resposta ao comando.

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Endereço do ponto

O campo Address a ser preenchido no cadastramento de pontos é o que a norma chama de "Index". Trata-se de um numero de 16 bits que é o índice [0 a n-1] indicativo de cada um dos pontos do mesmo tipo mapeados dentro do IED.
Abaixo, a título de exemplo é apresentada uma tabela de pontos preenchida com diferentes tipos de ponto. Os pontos tipo saída digital (CRO), conforme citado acima, além do endereço possuem o código de controle.
129 = Pulse ON + TRIP
Figura 12 – Exemplo da tabela de Points com diferentes tipos de pontos
Para implementar pontos de entrada digital discretos, basta usar o atributo "Bit" de um Tag, para cada um dos pontos que definem o valor da entrada digital discreta. Assim, por exemplo, uma seccionadora que tem dois contatos para definir seu estado:

Tag

ENDEREÇO

Complemento

SEL_LINHA_01.SC89_1

8

Seccionadora aberta

SEL_LINHA_01.SC89_1

9

Seccionadora Fechada


É definida como um Tag AnalogInt e na tabela node se usa o atributo Bit desta variável de 16 bits (AnalogInt) para endereçar os dois pontos, como na tabela abaixo:

Os valores assumidos pela variável SEL_LINHA_01.SC89_1 serão:

Tag

Bit 0

Bit 1

VALOR

SIGNIFICADO

SEL_LINHA_01.SC89_1

0

0

0

INDEFINIDO

SEL_LINHA_01.SC89_1

1

0

1

ABERTA

SEL_LINHA_01.SC89_1

0

1

2

FECHADA

SEL_LINHA_01.SC89_1

1

1

3

ERRO

Anchor_Toc347483435_Toc347483435 Anchor_Toc525577394_Toc525577394

Access Type

Por ser um módulo de comunicação em modo cliente há a necessidade de algumas características próprias para a parametrização do campo Access Type da tabela Points:
Para pontos com tipos que são de leitura:
O Access Type deve ser definido com:
ReadOnStartup= On;
ReadPooling= Always;
ReadPoolongRate: 500 mili
WriteEvent= Changed;
AccepUnsolictited = On;
Para pontos com tipos que são de comandos tipos CRO, AO e AOL
O Access Type deve ser definido com:
ReadPooling = Never;
WriteEnable = On
WriteEvent= Changed;

Solucionar problemas

O estado de execução do driver pode ser observado através das ferramentas de diagnóstico, que são:

  • Janela de rastreamento

  • Property Watch

  • Informação do Módulo

Um valor de status de 0 (zero) significa que a comunicação foi um sucesso. Valores negativos indicam um erro de driver interno e valores positivos significam que há erros de protocolo.

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